Escolher um alimento conservado em lata ou vidro com pouco sódio é meio caminho para você deixar a vida mais prática sem comprometer a qualidade da sua dieta. Descubra em quais apostar!
Eles
são realmente saudáveis? Essa dúvida ainda deixa muita gente indecisa
na hora de comprar um alimento em conserva. Claro que é melhor você
optar por um legume in natura ou um peixe fresco. Mas, como isso nem
sempre é possível e prático, não descarte a possibilidade de, vez ou
outra, adquirir as versões semiprontas, geralmente armazenadas em lata
ou em vidro. Segundo os especialistas, elas são seguras e nutritivas.
"Esses alimentos passam por um choque térmico que destrói os
microrganismos, mas não prejudica os nutrientes", explica a engenheira
agrônoma Marília Oetterer, professora da Escola Superior de Agricultura
Luiz de Queiroz (Esalq), em Piracicaba (SP).
De qualquer maneira,
verifique o rótulo para fazer uma boa escolha. "É sempre importante
checar todas os itens contidos dentro da embalagem", aconselha Marcia
Daskal, nutricionista da Recomendo Assessoria e Nutrição, em São Paulo.
Isto é, não se preocupe só com as calorias. Algumas marcas, por exemplo,
exageram no sódio - substância presente no sal, usada com duas
finalidades: realçar o sabor e prolongar a validade do alimento. Com
isso, fica fácil você ultrapassar o consumo de 2000 miligramas do
mineral por dia, dose máxima estipulada pela Organização Mundial da
Saúde (OMS), já que ele está presente na maioria dos alimentos
industrializados - salgado ou doce, sólido ou líquido. Resultado: seu
organismo retém líquido e incha. A saúde do coração também fica
prejudicada. Segundo a Agência Nacional de Vigilância Sanitária
(Anvisa), o ideal é que um produto ofereça menos de 200 miligramas de
sódio a cada 50 gramas (no caso dos sólidos) ou 50 miligramas
(líquidos).
Para reduzir ainda mais essa quantidade, Marcia
sugere dispensar o líquido da conserva e dar um banho de água filtrada
nos legumes, leguminosas ou grãos. Cuidado também com as conservas em
óleo. São gordurosas e, obviamente, calóricas. Já as versões em água
quase não oferecem esse risco, pois costumam preservar as calorias
originas do alimento, combinando mais com sua dieta.
Lata amassada
O
perigo de a lata contaminar o alimento é coisa do passado. "Até a
década de 1970, ela podia transferir o gosto e até partículas da
matéria-prima com que é feita a embalagem para o alimento, caso
estivesse amassada", diz a engenheira de alimentos Thais Fagury.
Atualmente esse perigo não existe, porque a parte interna do recipiente é
revestida com uma película elástica que impede o contato direto do
conteúdo com a lata, mesmo amassada. Mas se estiver estufada, recuse-a. É
sinal de que problemas no processamento estimularam a multiplicação de
microrganismos, deixando o alimento inadequado para o consumo. Com o
vidro pode acontecer o mesmo. A vantagem dessa embalagem é permitir que
você confira o aspecto da conserva. Já o contato com a luz estimula a
perda de alguns nutrientes, como a vitamina C.
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