O consumo dessas frutas pode diminuir a absorção de calorias, além de outros benefícios
Pera
Uma pesquisa do Instituto de Medicina Social da Universidade do Rio
Janeiro publicada no Journal of Nutrition, uma das mais respeitadas
revistas americanas sobre nutrição, mostrou que as mulheres que comeram
três peras por dia durante 12 semanas consumiram menos calorias e
perderam mais peso do que as que não ingeriram nenhuma fruta. O estudo
foi feito com 411 voluntárias entre 30 e 50 anos. A pera concentra, em
média, 3 gramas de fibras totais por 100 gramas - quase o dobro da maçã,
que fornece 1,6 grama, afirma a nutricionista Tânia Rodrigues, diretora
da RGNutri Consultoria Nutricional, de São Paulo. Além disso, o consumo
de uma unidade representa 12% da necessidade diária de fibras. Ela
também é grande fonte de fibras insolúveis, que estão relacionadas à
prevenção de prisão de ventre e de doenças como diverticulite e câncer
de cólon, completa Tânia.
Grapefruit e suas irmãs
Quer uma razão para reverenciar essa fruta? Ingerir metade de uma
grapefruit ou tomar seu suco antes de cada refeição pode ajudar na perda
de até meio quilo por semana, mesmo que você não mude absolutamente
nada na sua dieta. Foi essa a conclusão dos pesquisadores da Scripps
Clinic, na Califórnia, uma rede de serviços de saúde sem fins lucrativos
e que investe pesado em estudos. Eles acompanharam 100 obesos por 12
semanas. Passado esse período, descobriram que componentes da fruta
ajudam a regular a produção de insulina, um hormônio que está
intimamente ligado ao estoque de gordura. Níveis baixos de insulina
também contribuem para afastar o apetite por mais tempo, já que o
hormônio estimula o hipotálamo, região do cérebro que, entre outras
funções, regula a fome. Caso seja difícil encontrar grapefruit na sua
cidade, aposte em duas outras variedades: a laranja-pêra e a
laranja-bahia. A sugestão é de Vanderlí Marchiori, nutricionista e
fitoterapeuta, de São Paulo. Elas contêm os mesmos compostos e atuam da
mesma forma no emagrecimento, garante.
Banana verde
Isso mesmo! Ela faz a balança se render graças a um amido resistente
que ainda marca presença no macarrão integral, no feijão branco, na
lentilha, na cevada e no pão com grãos integrais, que têm alto poder de
saciedade. Esse efeito ficou mais do que comprovado em uma pesquisa
realizada pela Universidade do Estado de Louisiana e publicada no
Journal of Obesity. De acordo com o estudo, esse amido estimula
hormônios que fazem o organismo se sentir satisfeito e sinalizam que é
hora de parar de comer. O amido resistente também promove um aumento do
peristaltismo intestinal, que pode diminuir a absorção de nutrientes e,
consequentemente, de calorias, afirma a nutricionista Luci Uzelin,
coordenadora de nutrição do Hospital Israelita Albert Einstein, em São
Paulo. Outro dado: um pequeno estudo da Universidade do Colorado revelou
que a queima de gordura foi 23% maior entre os pacientes que incluíram
alimentos ricos nesse amido.
Amêndoas
Esta também é de cair o queixo: um farto punhado de amêndoas, cheia de
gorduras benéficas, é capaz de reduzir o peso e a barriga também! Isso é
o que mostra um estudo realizado no City of Hope National Medical
Center in Duarte, Califórnia, nos Estados Unidos, e publicado no
International Journal of Obesity. Em seis meses, os pacientes que
adotaram diariamente 84 gramas da fruta oleaginosa (cerca de 70
unidades) reduziram 18% do peso e 14% da medida na cintura. O colesterol
ruim (LDL) também diminuiu 15% e os triglicérides, 29%. O grupo que se
deliciou com as amêndoas perdeu também 56% a mais de gordura corporal em
comparação com a turma que ingeriu o mesmo número de calorias na forma
de carboidratos complexos, que estão nos cereais integrais, no arroz,
nos pães, nas massas e nas batatas. Além das fibras, que afastam a fome
por mais tempo, a amêndoa contém ômega-3, gordura do bem que ajuda a
estimular os hormônios da saciedade, afirma a médica ortomolecular
Heloísa Rocha, do Rio de Janeiro. Também é riquíssima em vitamina E, que
regula os hormônios sexuais tanto no homem como na mulher. Nas
mulheres, o amido resistente evita o estoque das células gordurosas. Ou
seja, o peso despenca.
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